terça-feira, 4 de outubro de 2011

A piada do Rafinha Bastos

Sou fã do CQC da Band.

Sempre que possível assisto aos "homens de preto" da TV brasileira.

Já há algum tempo o "CUSTE O QUE CUSTAR" é uma boa opção para as noites de segunda-feira.

Nos últimos dias, no entanto, não foram as matérias com humor e o jornalismo que chamaram a atenção, mas sim uma piada (ou uma tirada, sei lá...) feita pelo Rafinha Bastos no dia 19 de setembro. Ao comentar a beleza da cantora Wanessa (ex-Camargo), o apresentador disse que "comeria ela". Ao ser lembrado de que ela está grávida, revidou: "Comeria ela e o bebê."

E o mundo veio abaixo!

Confesso que sou do tipo que acha desnecessário utilizar certas expressões cotidianas (quem não fala comer no sentido citado pelo humorista?) na televisão, uma vez que ainda acredito em um certo glamour televisivo.

Mas não foi o verbo que levou a toda a confusão. Até por que, assistindo à Fina Estampa ontem à noite vi chamarem um personagem de "comedor", e ficou por isso mesmo. Aliás, "merda", "filho da puta" vêm tomando espaço nas novelas...

A questão toda foi ter citado o bebê. E acho que aí o Rafinha se perdeu.

Tivesse ficado na "aventura gastronômica" com a filha do Zezé e nada disto teria acontecido.

Sendo assim, não há como defender, como muitos vêm fazendo, o "humor livre" ou "politicamente incorreto". Não é o caso.

Uma coisa é falar algumas barbaridades como o próprio Bastos faz - inclusive usando muitas vezes o fato de ser gaúcho para brincar com homossexualidade - e outra bem diferente é o que ele acabou fazendo - acho - que sem querer.

Outro dia já tinha feito uma brincadeira "mais saidinha" com uma moça da RedeTV! e acabou tendo que pedir desculpas. Mas até aí era uma mulher e ele acabou concordando que houve excesso.

Espero que se retrate, o que seria digno. Não vai ser nenhuma afronta a qualquer tipo de liberdade que possa ser tolhida.

Brincar todos podemos, mas não "A QUALQUER CUSTO".