Em algum momento da vida li um livro que se chamava “O Mundo de Sofia” - cujo autor sinceramente não lembro o nome – em que a história da filosofia era contada através da vida de uma menina. O interessante deste livro, para mim, era a tentativa constante do autor em transportar o leitor para questões mais existenciais e menos concretas.
Pois bem. No último dia 03, às 18:20h, nasceu a minha Sophia. Com 47,5cm (ênfase no meio centímetro) e 3,275kg ela vêm para, juntamente com minhas outras duas filhas, continuar dando sentido e andamento à vida.
O nascimento de uma criança muda os paradigmas. A maneira de enxergar o mundo invariavelmente é alterada. Começamos a pensar no que será daqui há dez, vinte anos; refletir menos sobre o que somos e mais sobre quem somos. A velha dicotomia entre o TER e o SER.
Qual mundo deixarei para Sophia? – é a pergunta que tenho me feito.
Quando falamos assim a tendência é pensar no Macro, e aí vêm questões como aquecimento global, recursos renováveis e poluição. Pensei no seu conforto enquanto criança, na educação formal, em sua futura vida profissional...
Certamente para estas questões nosso esforço é necessário, mas na formação de um filho o papel dos pais é imprescindível. Dá pra notar a diferença?
Ensinar. Esta é a palavra.
Enfim, quero deixar para minhas filhas o mundo daquelas palavrinhas mágicas (Por Favor, Com Licença e Obrigado); um mundo onde o importante seja a pessoa, e não o dinheiro dela (por mais piegas que isto possa parecer); quero ensinar o respeito – aos pais, aos amigos, aos mais velhos; quero ser exemplo (por que elas olharão para mim em busca de respostas). Se conseguir tudo isso, o restante estará garantido.
O mundo talvez não seja assim daqui há dez ou vinte anos...
Mas o mundo da minha casa e do lar das minhas filhas, com certeza, será.