segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal

Chegamos novamente à noite de Natal.

E este período é tradicionalmente marcado por várias situações, até pela música da Simone (ah, vai dizer que tu não pensaste nela nenhuma vez nos últimos dias?).

Peru, rabanada, churrasco (para nós gaúchos, pelo menos), presentes, confraternização...

Natal.

Tempo de reunir as pessoas.

Tempo de desejar o bem.

Tempo de fazer o bem.

Pensamos muito em nós mesmos e, infelizmente, precisamos de um dia marcado para celebrar o próximo. Triste, mas verdadeiro.

O pai, a mãe, o filho, o irmão e aquele amigo especial... todos tem lugar em nossas preces neste dia.

Para todos emanaremos nossos bons desejos.

Enfim, um Feliz Natal.

domingo, 9 de setembro de 2012

Eu Odeio o Jô Soares


                   Estava assistindo televisão ontem à noite (é quando tenho tempo para isso) e, entre zaps e zaps procurando algo interessante dei de cara com ele.

                Confesso que fazia algum tempo que não prestava atenção no Programa do Jô. Por vários motivos, e o principal por ser muito tarde.

                Bem, não tinha outra coisa melhor a fazer, e resolvi deixar o controle remoto de lado, recostar-me na cama e prestar atenção no Gordo. 

                Comecei a pensar há quanto tempo aquele ser roliço fazia parte da minha vida, e surgiram muitas lembranças de infância (até por que é claro que ele é mais velho que eu), de adolescência e, por fim, algumas mais recentes.

                Putz! O cara estava em todas!

                Lembrei de alguns personagens engraçadíssimos que ele fazia na época do Viva o Gordo – é, os mais novos podem não acreditar mas a Tela Quente não era o programa das segundas-feiras – e de como fiquei triste quando ele foi para o SBT. Lá em casa não pegava o canal do Tio Silvio. Aquela foi uma época de ostracismo para ele. Claro que estou falando em relação a mim né? Acho que não obedeci nenhuma vez a ordem que ele dava pra gente no título do programa naquela época.

                Quando enfim começamos a receber o sinal do Sistema Brasileiro de Televisão - meu pai comprou uma parabólica (na época era super chique) - já havia até me esquecido do Gordo, e qual foi minha surpresa ao ver que já não existia o Veja o Gordo, e que agora o humorista se aventurava como entrevistador, um “David Letterman” tupiniquim. Na inocência dos meus 10 ou 12 anos eu pensava que aquilo era horrível! 

                 Agora só faltava o Chico Anysio virar ator de novela (pena que eu não apostei com ninguém na época).

                O programa era muito chato! Pô, ele não usava nem peruca. O Capitão Gay tinha morrido!

                Abandonei o José Eugênio.

                Wagner Montes. Foi ele que fez com que eu voltasse a prestar atenção no Jô. A lembrança era tão nítida que era como se estivesse assistindo um filme. Uma reportagem dele sobre o Jô Soares Onze e Meia. A reportagem não era lá essas coisas vamos combinar, mas recordo bem de uma pergunta que ele fez a um dos caras do Quinteto (antes era quinteto viu gurizada?): “Como vocês fazem para parar certinho quando ele faz sinal?” A resposta foi dada meio sem graça, pois a pergunta não foi das mais inspiradas também.

                Bem, o que importa é que ele passou a fazer parte da minha programação novamente.

                Só aí descobri que o próprio nome do programa era uma piada. Ou alguém viu ele  começar no horário citado?

                Sofri com a perda do Rubinho. Eu adorava o jeitão dele. O Tomati foi uma aquisição muito boa, assim como o Chiquinho. E o Tomati tá de cabelo branco cara...

                O auge foi a volta para a Globo. Nossa, o que foi  aquilo? Algum tempo depois surgiram as histórias de como foi a negociação, etc. Ri muito com o relato do Jô sobre o Max Nunes com as roupas mal colocadas (ou algo com os botões...) na festa de comemoração. “Ele é um gênio” – repetia aos convidados para tentar justificar aquele estado.

                Assisti ao primeiro programa na Globo!

                Muitas entrevistas marcantes que, é claro, não vou citar para não cometer injustiças.

                Em todas aquele charme inconfundível e às vezes tão criticado. Ou nunca ouviste que o Jô não deixa ninguém falar?

                O que importa é que tudo isso passou pela minha cabeça naqueles vinte segundos que demorei para me ajeitar na cama. Todas as emoções, as risadas, enfim...

                Depois que estava bem confortável, comecei a assistir a entrevista e percebi algo que até então meu subconsciente mantinha escondidinho: COMO EU ODEIO O JÔ SOARES!

                 Desliguei a TV e fui dormir.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cachoeira, o novo Roberto Jefferson?

A CPI do Cachoeira foi instalada no Congresso.

Na verdade, uma CPMI, pois conta com Deputados e Senadores. Como se isso servisse de alento.

Começa hoje um período em que ficaremos sedentos por notícias que virão de Brasília. Como se de lá fosse sair algo muito importante.

Lembro da CPI do Mensalão. Foi a primeira vez que vi pessoas sentadas para assistir TV Câmara e TV Senado. Fala sério, tu já viste alguém (que não seja a trabalho) assistir estes canais?

Naquela oportunidade fomos "surpreendidos" com fatos escabrosos. Lembro do Jefferson Peres:  "Tudo isso existe. Tudo isso é triste. Tudo isso é fado" Morreria depois, dizem, desanimado com a política.

Acho que desta vez a história não se repetirá.

Serão alguns meses (falam em 90 dias) de muita falácia e pouco trabalho. Lá tem muita gente querendo esconder os fatos, com medo da metralhadora giratória que pode se tornar a CPMI. Carlinhos Cachoeira era influente entre os políticos (como qualquer um que tenha dinheiro e possa dar-lhes alguma vantagem, aliás), e com certeza tem muitos deles na palma da mão. Demóstenes será "tirado para Cristo". Provavelmente será o único a tomar pedradas (com razão, diga-se de passagem).

Somente uma saída há para a CPMI: quem sabe Carlinhos Cachoeira não dá uma de Roberto Jefferson?

Aí, sim, até eu vou assistir TV Câmara/Senado.